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Câmara promoveu sessão de esclarecimento sobre a reabilitação e valorização do rio Ovil no Gôve

A Câmara Municipal de Baião promoveu mais uma sessão de esclarecimento sobre a reabilitação e valorização do rio Ovil, no dia 1 de agosto, desta vez, na sede da Junta de Freguesia do Gôve, com o objetivo de esclarecer os proprietários dos terrenos ribeirinhos sobre o projeto, por forma a que se sintam sensibilizados e que se venham a envolver no processo, através da cedência de terrenos para a criação de um percurso pedonal/corredor ecológico ao longo de todo o curso de água.

“Este é um projeto de valorização para o concelho, para a região e para o país”, referiu o Presidente da Câmara, Paulo Pereira, no início da sessão, aludindo à possibilidade de criação de um geossítio – no “poço negro” -, e apelando à abertura da população para colaborar na concretização do projeto, “que se enquadra e reforça a estratégia política que temos a seguir no âmbito da certificação de Baião como Destino Sustentável”, frisou. O autarca lembrou que o município definiu como um dos objetivos estratégicos a requalificação das principais linhas de água do concelho, o rio Ovil e o rio Teixeira, dois cursos de água interiores, afluentes do rio Douro. “Um objetivo ambicioso, mas que iremos concretizar, seguros da sua importância para os baionenses e para a melhoria da qualidade de vida da população que servimos”, garantiu Paulo Pereira.

“É TEMPO DE OLHAR PARA A NATUREZA E CUIDAR DO BEM COMUM”

O autor do Projeto de Reabilitação e Valorização do rio Ovil, Pedro Teiga, doutorado em engenharia do ambiente e especialista em reabilitação de rios e ribeiros, fez a contextualização de todo o projeto, referindo-se às necessidades para a sua concretização, sublinhando as vantagens que decorrerão da preservação do rio, nomeadamente o controle das plantas/árvores invasoras e a salvaguarda e plantação de espécies nativas que se harmonizam com o curso de água, contribuindo para a sua valorização.

Pedro Teiga referiu que o projeto permitirá a continuidade da produção agrícola, afirmando que o curso de água, reabilitado e valorizado, será uma mais-valia para a população. “É tempo de olhar para a Natureza e cuidar do bem comum”, alertou, a concluir.

“BAIÃO ESTÁ A CONTRIBUIR PARA AS METAS DA SUSTENTABILIDADE”

Artur Sá, geólogo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – UTAD, fazendo referência à necessidade de preservação e valorização dos recursos naturais, sublinhou o trabalho e a sensibilidade que Baião tem demonstrado no que toca às questões relacionadas com a natureza e com o ambiente, destacando o contributo para “o alcance das metas da sustentabilidade da Agenda 2030 das Nações Unidas, devendo ser visto como exemplo”, frisou.

Na sessão interveio ainda Emmaline Gonzalez, geóloga mexicana e investigadora na UTAD, que elencou as características do rio Ovil, sustentando que o seu potencial permitirá criar uma oferta turística diferenciadora, promotora do comércio local, desempenhando um papel importante na educação para a sustentabilidade, contando com o envolvimento da população.

No final da sessão houve oportunidade para debate e esclarecimento de dúvidas apresentadas pelos proprietários, numa sala cheia, sinal claro do interesse que o assunto suscita.

Além dos oradores e de proprietários dos terrenos nas margens do rio Ovil, marcaram presença o Presidente da Assembleia Municipal de Baião, Armando Fonseca, o Vice-presidente da Câmara, Filipe Fonseca, os vereadores José Lima e Paulo Portela, o Presidente da Junta do Gôve, Paulo Eurico, outros autarcas, elementos da Green Team – equipa responsável pela certificação de Baião como destino turístico sustentável -, entre outros interessados.

SOBRE A REABILITAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO RIO OVIL

O percurso global estudado tem cerca de 16 km, desde a nascente, junto às serras da Aboboreira e Matos, até à foz no rio Douro.

Foram já elaborados projetos de execução para dois troços.

Primeira fase: Troço Foz – com uma extensão aproximada de 2,5 Km entre a Ponte Nova (Ancede) e a foz do Ovil (Ribadouro), projeto que está em execução e que foi adjudicado por 157 mil euros, financiados pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Câmara Municipal de Baião.

Segunda fase: Troço Montante – Com uma extensão de cerca de 2,5 km, desde o parque de merendas de Outoreça (Ovil) até à ponte da Rua de Covelo (Campelo), empreitada adjudicada por 231.937.00 euros que arrancará em breve.

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