A Câmara Municipal de Baião vai criar um percurso pela natureza ao longo do rio Ovil. A primeira fase da obra tem a extensão aproximada de 2 quilómetros e meio entre a Ponte Nova (Ancede) e a foz do Ovil (Ribadouro).
Os trabalhos já foram adjudicados pelo valor de 157 mil euros, financiados pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Câmara Municipal de Baião.
As obras deverão iniciar-se entre o final de 2021 e o início de 2022.
No futuro este percurso irá ter mais fases, encontrando-se em preparação de candidatura a financiamento a extensão entre Outoreça (Ovil) e Várzea (Campelo).
A Câmara Municipal de Baião pretende criar mais percursos deste tipo, nomeadamente no rio Teixeira, no rio Douro e noutros pontos do concelho que reúnam as condições necessárias à sua execução.
O percurso que irá ser beneficiado possui uma grande riqueza ao nível das espécies autóctones em termos de fauna e flora, assim como, elevado valor ambiental. Ao ser criado um corredor ecológico vai converter-se num lugar de lazer e contribuirá para a sensibilização e educação ambiental dos utilizadores.
RECURSO A ENGENHARIA NATURAL
O percurso pedonal irá fazer-se nas margens do rio, tendo uma largura média de 2 metros.
Será feita a reabilitação e valorização do rio, numa estratégia de desenvolvimento sustentável e recorrendo a técnicas de engenharia natural. Esta área da engenharia ocupa-se da valorização de cursos de água e estabilização de encostas através do emprego de material vivo, combinado com estruturas inertes como madeira ou pedra.
A obra prevê a realização de trabalhos de consolidação das margens, corte e limpeza da vegetação, contenção de vegetação exótica e invasora e remoção de entulhos.
Serão beneficiados caminhos existentes, através da aplicação de pavimentos resistentes, prevendo-se também a instalação de mobiliário urbano em madeira e a construção de valetas para o encaminhamento de águas nos locais onde se verifique essa necessidade.
COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE
O Município de Baião tem desde há vários anos seguido uma estratégia de valorização e salvaguarda dos seus recursos naturais, em especial no que respeita à sua floresta autóctone e rios interiores. Desde 2019 que está a trabalhar numa exigente certificação internacionalmente reconhecida, como Destino Turístico Sustentável, que implementa referenciais de qualidade definidos pelo Global Sustainable Council (GSTC), sendo o município anualmente auditado pelo Organização Não Governamental australiana EarthCheck.