O primeiro-ministro, António Costa, inaugurou, no dia 21 de abril, a obra de requalificação do Mosteiro de Ancede, que deu lugar ao Centro Cultural de Baião (MACC), cujo projeto ficou concluído 38 anos depois da decisão do Município em adquirir e transformar a ruína daquele Monumento de Interesse Público, ao qual se espera atrair 16 mil visitantes por ano até 2025.
António Costa destacou o trabalho da autarquia por apostar em novas atividades, como o turismo de natureza e o património cultural, para sustentar o território: “em zonas de baixa densidade os desafios são muito exigentes e, por isso mesmo, essenciais. Preservar o que a história nos legou – a natureza, o património imaterial e espaços como este Mosteiro é fundamental para fixar e atrair populações. Este Centro Cultural, que permitiu a recuperação deste património com mais de nove séculos, é, obviamente, uma das grandes marcas do românico e de uma das grandes marcas do nosso património cultural”, concluiu.
O Presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, referiu que “foi hoje possível ver um pouco do muito que poderá oferecer a todos, e o compromisso que temos e assumimos com os baionenses, com os visitantes e com os turistas é de que o MACC continuará a assumir-se pela qualidade, ambição, ousadia e capacidade de sonhar, fazendo jus à sua herança de mais de nove séculos, ao nosso território, a Baião e às suas gentes e será um dos embaixadores de Baião no país e no mundo”, sublinhou.
O autarca não esqueceu e agradeceu às “figuras marcantes da vida pública que deram força ao projeto” – Artur Borges e Pereira Cardoso, pela aquisição do imóvel, Emília Silva e José Luís Carneiro, pelas intervenções de requalificação – referindo também o arquiteto Siza Vieira, “através do seu génio e traço, o privilégio de lapidar este diamante”, frisou.
Com um investimento global de 5 Milhões de euros, o icónico Mosteiro cuja origem é anterior à fundação de Portugal foi alvo, desde 2001, de cinco fases de intervenção destinadas a conservar, restaurar e reabilitar o espaço nas diversas valências dotando-o, atualmente, de um Claustro com capacidade para 300 pessoas, a que se junta um auditório com 80 lugares e espaços expositivos capazes de acolher algumas dezenas de pessoas por hora, para além de uma ampla área exterior, que inclui uma quinta com produção agrícola.
O projeto assinado pelo arquiteto Siza Vieira, cujo trabalho se materializa no Mosteiro, na Casa dos Moços e no Adro da Igreja (em execução), conta ainda com a intervenção do arquiteto Daniel Vale, que assina a obra referente à Igreja.
Enquanto ativo inserido nas rotas turísticas e com a ambição de se assumir como uma forte ferramenta de captação de visitas para o território, o MACC Baião tem já agendada a conferência Green Marble 2023, sobre alterações climáticas, e está ainda a programar a presença de músicos nacionais e internacionais.